Por meio do acordo foi firmado durante a COP30, os recursos serão divididos em duas linhas de crédito: uma para projetos de transporte público coletivo de baixo carbono e outra para ampliar a geração de energia limpa, como solar, eólica e biocombustíveis.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) captou R$ 1,7 bilhão (€ 280 milhões) do banco alemão de desenvolvimento sustentável KfW para investir em mobilidade urbana e energia renovável no Brasil. Os recursos visam impulsionar projetos de eletrificação de frotas de transporte público e a expansão de projetos de energia solar e eólica no país. O acordo foi firmado durante a COP30, em Belém (PA), e reforça a cooperação de longa data entre as duas instituições financeiras.
O total da captação será dividido em duas linhas de crédito. A primeira, no valor de € 130 milhões será destinada a projetos de mobilidade urbana para acelerar a transição para um transporte público coletivo de baixo carbono nas cidades brasileiras, incluindo apoio à aquisição de ônibus elétricos, híbridos ou movidos a gás natural/biometano, financiamento para a instalação de infraestrutura necessária, como estações de recarga e sistemas de distribuição de energia para os novos veículos e possível financiamento de estudos e projetos, obras civis, e equipamentos relacionados à modernização dos sistemas de transporte coletivo.
A segunda linha de crédito no valor de para € 150 milhões terá foco em Energia Renovável e visa a ampliar a capacidade de geração de energia limpa no Brasil, contribuindo para a matriz energética nacional e a redução de emissões de gases de efeito estufa com investimentos em usinas e projetos de energia solar fotovoltaica e expansão de parques eólicos, além do apoio a projetos relacionados a biocombustíveis, incluindo a produção de bioetanol.
Além dessa captação específica, o BNDES e o Ministério das Cidades concluíram recentemente um Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU) que mapeou 187 projetos em 21 regiões metropolitanas do Brasil. Este estudo projeta um potencial de investimento de cerca de R$ 430 bilhões em obras de infraestrutura de transporte até 2054, incluindo metrôs, VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), BRTs (Bus Rapid Transit) e corredores de ônibus.
